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Em decorrência da Pandemia de Covid-19, toda a programação da 4ª edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte — FLI BH, realizada de 10 a 20 de agosto de 2021, foi digital. As principais transmissões foram via YouTube da Fundação Municipal de Cultura e Zoom. Em 11 dias de programação, produziu-se mais de 83 horas de conteúdo exclusivo, 201 conteúdos, mais de 18 mil visualizações de lançamentos de livros, mesas de debate, entrevistas, rodas e clubes de leitura, narração de histórias, saraus, performances de ilustração, oficinas e mostras de cinema.


O evento contou com 255 participações de escritores, poetas, ilustradores, narradores de histórias, músicos, além dos profissionais do mercado literário, como produtores, editores e pesquisadores. 108 livros foram lançados: 52 obras para o público infanto-juvenil e 56 livros para o público jovem e adulto. Noventa e nove editoras participaram da Feira de Livros virtual e mais de 250 livros foram recebidos como contrapartida das editoras e foram entregues à Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte.
O FLI BH foi criado em 2015 como culminância e celebração das ações de promoção da leitura e da literatura desenvolvidas pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura.
Realizado a cada dois anos, o Festival oferece atividades diversas para a valorização da literatura, contemplando públicos distintos e abarcando as cadeias criativas, produtivas, formativas e de promoção do acesso ao livro e à leitura.

TEMA: VIRANDO A PÁGINA: LIVRO E LEITURA TECENDO AMANHÃS

Diante do cenário de aprofundamento das desigualdades, medo e dispersão, provocado pela Covid-19, a curadoria da 4ª edição do FLI BH propôs, sob a metáfora da página virada, imaginar um futuro mais inteligente, mais diverso e justo para todos e todas, e construído com a participação de quem pensa e projeta o bem comum, por meio da reflexão sobre as questões econômicas e sociais que envolvem o livro e a leitura, protagonistas no exercício de tecer amanhãs melhores, viáveis, justos e de paz.
Inspirada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, que tecia manhãs em seus famosos versos, a curadoria propôs a busca de dias melhores após a virada de página. Neste sentido, o livro e a leitura têm lugar fundamental no desenho desses amanhãs, onde se pretende chegar bem, a fim de se promover uma nova experiência de abraço e humanidade. A identidade visual da 4ª edição do FLI BH foi desenvolvida a partir de uma ilustração criada pelo artista plástico, chargista, escritor e ilustrador Nelson Cruz especialmente para o evento.

PROGRAMAÇÃO

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Na conferência de abertura, o poeta e ensaísta Edimilson de Almeida Pereira falou sobre o tema “Editorias negras no Brasil: notas sobre ser estrangeiro em sua própria terra”. A programação contou com Oficinas de Formação, Oficinas de Sensibilização, Oficina Primeira Infância, Rodas de Leitura, Narração de Histórias, Clube de Leitura, Sarau, Performance de Ilustrações e Podcasts.

 
Além disso, a 4ª edição do FLI promoveu mesas de debates com Lucía Tennina (Argentina), Tadeu Sarmento (BH), Paula Abramo (México), Jarid Arraes, Sérgio Karam (Porto Alegre), entre outros; exibições de entrevistas com nomes como a francesa Marielle Macé, o moçambicano Nataniel Ngomane e a brasileira Dalva Maria Soa
res.


Já o Seminário Adolescer: Sujeitos e Percursos Literários, comemorou os 30 anos da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ BH), e tratou sobre a relação do adolescente com a leitura, em uma conferência e três mesas de debates com a participação de Bel Santos Mayer (SP), Nilma Lacerda (RJ), Sara Bertrand (Chile), Geovani Martins (RJ) e Roberta Estrela D’Alva (SP), entre outros convidados. 


Orientada pelo compromisso com a bibliodiversidade e com o fortalecimento da economia do livro, a Feira de Livros reuniu casas editoriais de pequeno, médio e grande portes, que com seus catálogos ofereceram aos leitores múltiplas autorias.

HOMENAGEADA: MARIA MAZARELLO RODRIGUES

Primeira pessoa viva a ser homenageada pelo FLI BH, Maria Mazarello é editora e jornalista. Filha de trabalhadores pobres, nasceu em Ponte Nova em 1940. Aos 13 anos se mudou com a família para Belo Horizonte. A vinda para a capital mineira abriu caminhos para que Mazza rompesse com o destino previamente traçado para uma menina negra no Brasil do início da década de 1950.
Com percurso intelectual e humano marcado pelo envolvimento com as questões sociais, políticas e culturais do país, Mazza criou e dirige a casa editorial que leva seu nome. Mulher negra, uma das fundadoras da Editora do Professor e da Editora Vega, se consolidou através da Mazza Edições, que testemunhou alguns dos principais acontecimentos da sociedade brasileira das últimas décadas
Em mais de quarenta anos de existência e resistência, a Mazza Edições amplificou a voz de autoras e de autores negros, cujas produções e temas, especialmente as reflexões sobre identidades e negritude no país, não encontravam espaço no mercado editorial brasileiro.

CURADORAS

Madu Costa é professora, pedagoga, arte-educadora, assessora pedagógica, narradora de histórias, membra do Coletivo Iabás de Narração de Histórias das Orixás Femininas, cordelista, escritora.
Ana Elisa Ribeiro é escritora, pesquisadora do livro e da edição e professora titular da rede federal de ensino, em Belo Horizonte, onde nasceu e reside. É doutora em estudos linguísticos, licenciada e bacharel em Letras-português.

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