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Último fórum do projeto sobre o Queijo Minas Artesanal será na Canastra e reunirá a cadeia produtiva em São Roque de Minas

Em 9 de julho, São Roque de Minas sediará o décimo e último fórum do projeto “Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal – Patrimônio Cultural Brasileiro e da Humanidade”, uma realização do Instituto Periférico com apoio de diversas instituições públicas e da sociedade civil. O encontro será realizado às 16h na Escola Estadual General Carneiro, no centro da cidade, e reunirá produtores, agentes públicos, entidades parceiras e demais interessados em fortalecer a cadeia produtiva do Queijo Minas Artesanal (QMA) na microrregião da Canastra. 

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Desde o início do projeto, em 2024, já foram realizados fóruns nas regiões de Entre Serras da Piedade ao Caraça, Cerrado, Serra do Salitre, Triângulo Mineiro, Serro, Diamantina, Araxá, Campos das Vertentes e Serras da Ibitipoca. Esses encontros têm sido espaços fundamentais para o diálogo, troca de experiências e formulação de propostas que contribuem para a continuidade e a valorização dos modos de fazer tradicionais do QMA - saberes reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. 


A expressiva participação de produtores e outros agentes de patrimônio, autoridades locais e demais entusiastas têm evidenciado a relevância do tema e o forte engajamento das comunidades. Os encontros têm sido férteis de diálogo, quando vêm à tona as especificidades regionais, os desafios enfrentados, os pontos fortes e o potencial de valorização do Queijo Minas Artesanal. Trata-se de um esforço conjunto pela preservação de uma tradição que alia cultura e desenvolvimento sustentável das comunidades produtoras.


“Buscamos valorizar, por meio dos fóruns, as técnicas envolvidas na produção do Queijo Minas Artesanal, enaltecendo os saberes seculares presentes na nossa cultura alimentar e escutando aqueles que detêm o saber. A participação das comunidades tem sido essencial para o sucesso dessa iniciativa, que visa promover e preservar a rica tradição do estado de Minas Gerais”, destaca Gabriela Santoro, diretora-presidente do Instituto Periférico.


Na microrregião da Canastra, a ação conta com o apoio da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan). Para Higor Freitas, gerente-executivo da entidade, o fórum é uma oportunidade estratégica para que os produtores tenham voz ativa no processo de promoção e salvaguarda do queijo. “Agora, os principais protagonistas desse processo, os produtores, têm voz e o merecido destaque para impulsionar ainda mais o nosso Queijo Minas Artesanal”, afirma. 


Segundo dados da Aprocan, cerca de 800 famílias produzem em média 16 toneladas de queijo por dia na Canastra. Apenas os oito municípios que integram a área delimitada pela Indicação de Procedência (IP) — Tapiraí, Medeiros, Bambuí, São Roque de Minas, Piumhi, Vargem Bonita, São João Batista do Glória e Delfinópolis — podem utilizar legalmente a denominação “Canastra”.


Além do reconhecimento cultural, os fóruns promovem discussões práticas sobre os desafios enfrentados pelos produtores, como a maturação, a legislação sanitária, a certificação e as formas de comercialização. Para Carlos Bovo, coordenador técnico regional da Emater-MG, o projeto é o coroamento de um trabalho de décadas. “Essa conquista valoriza o modo de fazer tradicional, reforça a identidade cultural e eleva o valor de mercado do produto, principalmente nas vendas diretas, como ocorre na Serra da Canastra”, destaca.


O evento marca o encerramento da etapa de escuta do projeto, mas não o fim do processo. A partir das contribuições colhidas nos dez fóruns regionais, o Instituto Periférico vai sistematizar os dados e elaborar um conjunto de propostas que contribuam para políticas públicas efetivas de preservação, promoção e sustentabilidade dos modos de fazer do QMA.


O projeto “Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal - Patrimônio Cultural Brasileiro e da Humanidade” é uma realização do Instituto Periférico, a partir de recursos contemplados via Plataforma Semente | Cemais, por meio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo), com apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

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