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Simonésia abriga primeira atividade do Eixo Terra do Miradas de Afeto




O Miradas de Afeto volta para a estrada a partir desta sexta-feira, 5 de março, para iniciar as atividades do Eixo Terra, segunda etapa do projeto que tem como missão promover a visibilidade de identidades coletivas, revitalizar espaços urbanos e estimular práticas cidadãs que contribuam para a transformação das comunidades envolvidas.


O primeiro destino da nova jornada é o município de Simonésia, no Leste do estado, a 360 quilômetros de Belo Horizonte. Nos dois finais de semana seguintes, a equipe liderada por Anna Göbel atuará em Jaboticatubas (21 e 22/03) e em Ribeirão das Neves (27 e 28/03), na região metropolitana de BH.


Estes municípios têm em comum a presença da agricultura familiar e da agricultura urbana, cujas atividades articulam uma cadeia produtiva sustentável, colaborativa e transformadora. “Ambas compartilham dos mesmos valores humanistas do nosso projeto, porque visam o bem-estar das comunidades, o trabalho coletivo, o respeito à natureza, a diversidade de produtos, a criação de novas oportunidades e a transformação de vidas”, compara Anna.


Por isso, o diálogo que o Miradas pretende estabelecer com as comunidades através da arte social será feito em parceria com a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas (Rede), que desde 1986 contribui para a melhoria da qualidade de vida de comunidades do campo e da cidade, por meio do fortalecimento da agroecologia e da agricultura urbana.


A Rede atua em todo o ciclo de produção agrícola voltado para famílias e grupos comunitários, desde o plantio até a comercialização dos produtos aos consumidores. “Acreditamos numa produção agrícola sem veneno, que preserve a biodiversidade, inclua jovens, mulheres e comunidades tradicionais, e no desenvolvimento de hortas comunitárias e quintais produtivos também em espaços urbanos. Todas essas frentes nos conectam a outras questões, como a gestão de resíduos, o reaproveitamento de alimentos e a segurança alimentar”, conta Lorena Anahi, coordenadora executiva e técnica da organização.


Espaços coletivos

Em Simonésia, o Miradas e a Rede vão colorir os muros de dois equipamentos de uso coletivo das comunidades que atuam na agricultura familiar e na agroecologia. O primeiro mural será na Escola Família Agrícola Margarida Alves, com a participação de alunos e monitores.


A escola, pública, é destinada exclusivamente à formação dos filhos de agricultores e por isso seu funcionamento é adaptado à realidade laboral do campo. Durante uma quinzena por mês, os alunos têm acesso à conteúdos técnicos e práticos sobre agricultura, além da grade curricular oficial dos ensinos fundamental e médio.


A segunda intervenção será na sede do CSA Gaia, uma organização em que produtores agrícolas e compradores criaram um novo modelo econômico, no qual a comunidade investe na produção através de cotas mensais e recebe em contrapartida cestas de produtos agroecológicos.


No espaço também funciona um empório e uma cafeteria. “Para nós esta parceria com o Miradas vai ao encontro da nossa intenção de trazer a arte para dentro do nosso ambiente, colori-lo, dar mais vida e expressar nossa identidade. São formas de comunicar nossas ideias para sociedade e dar visibilidade ao nosso trabalho”, ressalta a coordenadora da Rede.


Assim como ocorreu na etapa anterior, em decorrência da Pandemia de Covid-19 todas as atividades do projeto respeitarão os protocolos sanitários estabelecidos pelas autoridades competentes.

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